(por Luiz Rebinski Junior)
Além de Esperando Godot, seu texto teatral mais conhecido, reeditado com nova tradução em 2005, a prosa de Beckett tem tido especial atenção de nossas editoras. Este ano, O inominável, último livro da primeira trilogia romanesca do escritor, ganhou uma bela edição nacional, assim como havia acontecido com Molloy, publicado em 2008. Apenas Malone morre (esgotado), o segundo volume da série, continua fora de catálogo.
Para além do mercado editorial, os textos teatrais de Beckett têm emergido com certa frequência em nossos palcos. Em 2008, o ator Sérgio Britto encenou A última gravação de Krapp/Ato sem palavras 1 – duas peças curtas do dramaturgo irlandês unidas em um mesmo programa. A atuação de Britto lhe valeu o Prêmio Shell de melhor ator. Ainda em 2008, Antônio Abujamra estreou Começar a terminar, peça livremente inspirada em temas beckettianos, como solidão e morte. Fora do eixo Rio-São Paulo, sua obra-prima teatral, Esperando Godot, ganhou, no ano passado, uma versão curitibana, levada ao palco do Teatro Guairinha pelo escritor José Castello e pelo diretor Flávio Stein.
“Beckett não facilita as coisas, mas não é um autor inacessível. Ninguém que se interesse pela literatura ou pela história do século 20 pode se dar ao luxo de ignorá-lo. Ele produziu muito e ao longo de muito tempo, mudou na essência o teatro moderno e explorou o romance até a última gota de suas possibilidades expressivas”, diz Fábio de Souza Andrade, tradutor de Esperando Godot e autor de Samuel Beckett, o silêncio possível (esgotado).
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